quarta-feira, 19 de setembro de 2012

INQUIETUDE

      

      No silêncio desta noite ténue, sorrisos incandescentes tímidos familiarizam-se com um manto desnudo e frio que paira sobre esta brisa. Neste cenário, a minha pele clara estremece lembranças de um passado penoso e inquietante; E aos meus olhos, chegam imagens de todos os tempos! Acarretadas com dúvidas de quem não obteve respostas às insistentes que perduraram em momentos de outrora (sem tu as soubesses. E sem que tu as saibas!) 

      Acredito eu, que não as deves a mais ninguém! (Assim como também eu não as devo, senão a ti). Eramos crianças frágeis e indeterminadas que se baloiçaram sobre as utopias que, inconscientemente, se atropelaram num final inconstante e inacabado (Talvez também ele não desejado!). 

      Nesta noite, imagino-me sentada na ‘‘sarjeta’’ (designada aqui como uma desvalorização do tempo e do lugar, porém de sentimento inconstante idêntico) onde este coração débil insiste em olhar para as estrelas que ali pairam; Como se com isso eu pudesse atenuar, perigosamente, esta fatalidade de ainda recordar marés vagueadas pelo tempo de tentação permanente! 

      Não se trata de um prazer meu de o continuar a fazer! A ilusão é que toma partido dos meus sentimentos e eu não consigo enredar por outros trilhos, mesmo que a vontade fosse ou seja a de partir...Sei lá eu! Creio que, a única que coisa que ainda sustenta todos estes turbilhões, seja esta minha consciência ausente despida de dúvidas que anseiam por uma nova vestimenta. Não ambiciono uma biografia da sucedido, até porque isso seria emprestar à ‘’sarjeta’’ uma nova inquietude onde se debruçar. Não. Não quero mais isso! Apenas quero tentar entender a razão pela qual as duas metades se apunhalaram sem se aperceber. 

 Apenas isso… 

 Espero que me oiças, pois eu não sou suficiente para encontrar a resposta!... 

  DIANA VELOSO

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