sábado, 16 de janeiro de 2010

Metamorfose


Descolo a pele que visto,
Arranco a sangue frio as lembranças que atormentam o meu querer!

Olho, olho uma última vez para trás,
Escuto o som do respirar, uma última vez,
Escuto o último bater do coração neste silêncio...

Peço para tomares conta de ti,
Será a única coisa que sempre te pedir-te-ei...

Esta é a minha nova vitória,
É o abrir as asas à minha maneira!
E no dia a seguir...No dia a seguir,
Poderei ver novamenteo brilho irradiante do poder do sol!

A luz que ilumina a viagem de mudanças,
A maneira que encontrei para me levantar, e voltar a repirar o oxigénio da vontade de viver!

Por favor, não tenhas pena,
Por favor, olha...olha...olha, bem de longe, para a máscara que criei!

Quero tentar! Estou preparada! Voltei a acreditar!
Olha... Olha...Olha eu a voar,
Olha eu a continuar a lutar!...

Infantilidade seria dizer que esqueci!
Lembro sim, mas entendo! És mera lembrança...

Vivo num outro mundo do qual consigo ver a diferença,
Onde o cair é recomendado, onde novos sorrisos surgem,
Onde a nova criança cresce, onde deixei-te ir...

Disse ADEUS, adeus ao mundo que vives
E ao qual, eu pertenci um dia...

Levantei-me,
Voltei a caminhar na estrada sem rumo!
Sou nova pessoa, nova força!
Coloquei-te de parte,
E hoje, hoje voltei novamente a sentir a vontade do poder crescer!....

DIANA VELOSO

2 comentários:

Miguel Leite disse...

Ao autor:
Depois de uma leitura atenta á sua manifestação artistica, reservo o previlégio de poder comentar este excelente poema,cheio de sentimentos, reveladores da personalidade que o leitor deseja conhecer, como não poderia deixar de ser devo prestar a minha homenagem ao escrito que acabo de ler, com deleite devo confessar, sentindo as agradáveis emoções profundas que escorrem nas palavras. Afinal não será por decreto que as expressões humanas são "limitadas e contorcidas", pois a essência do que sentes, posto em papel traduz necessáriamente identificação, se o é pessoal ou não, reservo-me no direito de "não vou comentar isso(risos)".
Isto comentando o conteúdo num plano formalista, próprio de quem é rigido e objectivo em palavras, mas não obstante, a questão do "umbiquismo" célebre por ser debate durante décadas, entre Régio e Manuel Tiago, leva-me num plano mais pessoalizado e confessional, a transmitir a ideia que gostei, gosto, continuarei a gostar, de como é profundo e sentido ler algo assim, sem os formalismos tipicamente camonianos, mas num plano mais pessoniano, que me identifico mais (sem desprestigiar a enorme obra e importância para o ultimo "grande império que nos resta)pois, como pessoa dizia, no seu "comboio descendente" :" uns fazem rir os outros, os outros riem-se sem ser por nada" pois neste momento sorrio porque o conteúdo é sem duvida alguma a importante forma de sentir, sentindo que tais palavras, são ecos do coração. Para o real sentimento de como a metamorfose se torna bela e imperativa, espada e escudo contra uma metamorfose kafkiana (ja aborada entre nós) mas mais importante que isso, onde estas patente em toda a tua força e altivez.



Jonhy Sacramine

Ricardo Veloso disse...

Ola
Crescer?
Mais?
Porquê?